#JovensTransformadores: Projeto fomenta acesso à literatura com diversidade de formas, públicos e locais

"Por um Mundo Melhor" é a iniciativa de Luiza Louback Fontes que já se espalhou por quatro municípios da grande Belo Horizonte, chegando a hospitais, escolas, prédios residenciais e associações.
Luiza
Fonte: Arquivo Pessoal

Ao perceber a falta de incentivo à leitura e os números alarmantes da pouca leitura entre os brasileiros (2,43 livros por ano em média), Luiza criou com uma amiga o projeto Por um Mundo Melhor. Por meio de campanhas, realizam ações como: arrecadação e doações de livros; construção de estantes de leitura nas alas de hospitais infantis; eventos literários em escolas; e contação de estórias em creches, orfanatos e em lares de idosos.

O projeto cria oportunidades de fomento à literatura por múltiplas formas e em lugares e para públicos distintos. Com a pandemia, a plasticidade do projeto se provou eficaz, permitindo criar bibliotecas comunitárias nos prédios e assim ampliar o acesso para quem fica mais em casa. "O principal propósito do projeto é democratizar o acesso à literatura, compartilhando o que a gente chama de direito a ler, comprometendo o jovem com a leitura", conta Luiza. "Temos muito carinho na seleção e apresentação dos livros. Queremos mostrar nossa paixão, mas também levar uma literatura diversificada na qual as pessoas se sintam representadas. Temos cuidado com cada pessoa que recebe nossos livros ou escuta nossas estórias."

A estrutura do trabalho em equipe possibilita engajar a equipe a partir do que cada um gosta de fazer: contar estórias, tocar um instrumento em sessões de leitura, criar produtos de mídia, articular as campanhas e outros tipos de ação. "Hoje temos 40 voluntários que acreditam no poder transformador da leitura e estamos levando cada vez mais a literatura para populações que têm pouco acesso, como pessoas encarceradas e grupos de refugiados que chegam ao Brasil e precisam se conectar mais com a língua e a cultura", complementa Luiza. As ações do projeto já se espalham por quatro municípios da região metropolitana de Belo Horizonte.

Aos 17 anos, Luiza concluiu o Ensino Médio no Instituto Federal de Betim (MG).