Brasil cai 47 posições no Ranking Mundial de Solidariedade de 2018, segundo IDIS
De acordo com o mais recente levantamento divulgado pelo IDIS (Instituto para o Desenvolvimento Social), Brasil caiu 47 posições no ranking geral, se tornando o último colocado entre os países da América do Sul. De um total de 146 países pesquisados, o Brasil ocupa 122º posição, enquanto que em 2017 ocupava a 75º posição. Quando separado pelas categorias, o país fica em 105º em auxílio a um desconhecido, em 109º em voluntariado e em 112º em doação financeira.O levantamento foi realizado com mais de 150 mil pessoas, o que resultou em um relatório completo com a quantidade de pessoas que doaram dinheiro, ajudaram um desconhecido ou foram voluntários no mês anterior à pesquisa, fazendo análises e comparações com os anos anteriores.
Para Paula Fabiani, diretora presidente do IDIS, isso é uma consequência da crise econômica dos últimos anos, que fez as pessoas se tornarem cuidadosas com a própria situação, deixando de lado as preocupações com a comunidade. Ela também ressalta que este resultado mostra que a cultura de doação no Brasil ainda não está consolidada.
Por outro lado, quando se trata do número de pessoas se voluntariando, o Brasil se encontra na 7ª posição, com 21 milhões de voluntários. Além disso, 68 milhões de brasileiros declararam ter ajudado pelo menos um desconhecido ao longo do mês anterior à pesquisa,, colocando o país na 6ª posição. É importante lembrar que o Brasil é um dos países mais populosos do mundo, o que explica sua posição no Top 10 de países pelo número de pessoas se voluntariando e pelo número de pessoas ajudando um estranho. Por este motivo, quando feita a proporção com a população total, o Brasil fica bem longe das primeiras posições.
O pior ponto, no Brasil e no Mundo, é a doação de dinheiro, que vem caindo desde 2015 (você pode consultar esses dados na Figura 6, página 20 do relatório). Podemos perceber que, mesmo com a grande população que existe no Brasil, o país não figura no Top 10 países pelo número de pessoas fazendo doações financeiras.
John Low, executivo chefe da CAF, lembra que “isso deve ser um alerta para toda a sociedade civil de que a solidariedade deve ser uma ação contínua.”
Clique aqui para acessar o relatório completo do World Giving Index (em inglês)