Ashoka reconhece quinze brasileiros como Jovens Transformadores
Em um mundo definido por aceleradas mudanças, os Jovens Transformadores estão identificando sua força, formando uma equipe e começando a mudar uma realidade. Eles já sabem que não podem estruturar a vida na repetição e praticam a liderança compartilhada.
A Ashoka acaba de integrar 15 brasileiros a um grupo internacional de jovens que lidera iniciativas de transformação social. Os Jovens Transformadores Ashoka passaram por um rigoroso processo de entrevistas e apresentações para demonstrar como praticam a empatia, o trabalho em equipe, a liderança compartilhada e de que forma moldam suas iniciativas para alcançar mudanças estruturais. Nos últimos meses, eles apresentaram seus projetos de inovação social para painéis formados por empreendedores sociais, educadores, comunicadores e gestores públicos, começando assim uma jornada para ampliar suas redes de colaboração e fortalecer suas capacidades de subverter a lógica da desigualdade.
A Ashoka identifica jovens, entre 12 e 20 anos, que estão desenvolvendo musculatura para realizar mudanças sistêmicas na sociedade. Eles estão à frente de algum movimento ou projeto e entendem que seu maior desafio está em inspirar a agência de transformação em outras pessoas de sua comunidade. Por meio de processos de aprendizagem colaborativa, a Ashoka apoia esses jovens no mapeamento dos sistemas que eles visam mudar e a criar estratégias que levam em conta as lições aprendidas por empreendedores sociais e parceiros experientes.
Esta é a segunda vez que a Ashoka elege Jovens Transformadores no Brasil. Em 2019, nomeou nove brasileiros que vêm expandindo o impacto social de suas iniciativas de inclusão social, educação, diversidade cultural, equidade de gênero, segurança alimentar e resiliência ambiental. No mesmo ano, elegeu ainda dez Jovens Transformadores pela Democracia, politicamente engajados na defesa de populações que têm seus direitos sistematicamente ameaçados. Os novos integrantes do grupo agregam diversidade regional, representando nove estados (Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo), sendo que 55% vêm de cidades do interior do país.
Capacidade de adaptação
Helena Singer, líder da Estratégia de Juventude para a América Latina na Ashoka, afirma que a nova turma de Jovens Transformadores destaca-se "pela capacidade de perseverar e reinventar suas iniciativas durante a pandemia". Helena ressalta que o processo de busca e seleção foi iniciado pouco antes da chegada do Covid-19 ao Brasil e que a jornada até o painel tornou-se ainda mais complexa, longa e intensa em razão do distanciamento social.
"O que aconteceu nesse período é que todos os jovens tiveram que redesenhar totalmente seus projetos e, em alguns casos, seus objetivos de transformação social dada a urgência da crise e a impossibilidade de realizar suas atividades presenciais", conta Helena. "Eles criaram estratégias remotas de engajamento, que muitas vezes superaram o impacto que tinham antes da pandemia".
A nova realidade
“Depois de 2020, resta alguma dúvida de que tudo está mudando rápido demais?", pergunta Bill Drayton, fundador e CEO da Ashoka Global. “As crises estão se sobrepondo nesta nova realidade. Nossa missão é permitir que toda criança e todo jovem possam praticar a empatia e se perceberem como agentes de transformação, desnaturalizando a desigualdade e contribuindo com mudanças que beneficiem a todos. Precisamos alfabetizar os jovens para a mudança.”
O reconhecimento dos Jovens Transformadores é hoje uma das principais estratégias da atuação da Ashoka, que co-lidera o movimento Todos Somos Agentes de Transformação. As histórias dos Jovens Transformadores mostram que esse mundo é possível e inspiram outras pessoas a entrar no movimento.
Clique aqui e conheça histórias das duas turmas de Jovens Transformadores.