Ashoka reconhece Jovens Transformadores na Amazônia
Considerada uma das cinco ONGs de maior impacto no mundo, a Ashoka, que atua no campo do empreendedorismo social em 92 países, apresenta a 3ª edição brasileira do programa Jovens Transformadores Ashoka. Desta vez, a organização integra sete amazônidas, entre 16 e 18 anos, a um grupo internacional de jovens que lideram iniciativas de transformação social. Há três meses, os jovens brasileiros vêm passando por um processo de entrevistas e conversas com empreendedores sociais, educadores, comunicadores e gestores públicos, começando assim uma jornada para ampliar suas redes de colaboração. A seleção final acontecerá em eventos realizados em Manaus, de 6 a 9 de dezembro.
“A Ashoka identifica jovens, entre 12 e 20 anos, que já entenderam que todos podem contribuir,” diz Helena Singer, Líder da Estratégia de Juventude na Ashoka América Latina. “Esses jovens estão à frente de algum movimento ou projeto e relatam que seu maior desafio está em garantir que todos possam se entender como agentes de mudança”. A rede de Jovens Transformadores Ashoka está atualmente distribuída em países como Brasil, Bangladesh, Estados Unidos, Índia e Indonésia e conta com mais de 100 jovens que mobilizam centenas de outras pessoas. Por meio de processos de aprendizagem colaborativa, a Ashoka os apoia no fortalecimento de habilidades fundamentais para promover transformações que sejam positivas para todos, como a prática da empatia, o trabalho em equipe, a liderança compartilhada e a iniciativa de empreender no campo social. Para conhecer os Jovens Transformadores Ashoka no Brasil, clique aqui.
No Brasil, a Ashoka reconheceu 24 Jovens Transformadores desde 2019, apoiando-os na expansão do impacto social de suas iniciativas em meio ambiente, inclusão social, educação, diversidade cultural, equidade de gênero e direitos humanos. Os sete novos jovens, que passam pela etapa final de seleção em Manaus, chegam para adensar a representação da Amazônia na rede Ashoka. “Essa iniciativa é muito importante num momento em que a Amazônia se aproxima de um ponto crítico para a sustentação dos sistemas sociais, econômicos e naturais que dependem da floresta. E, isso requer um aumento exponencial na capacidade de gerenciar proativamente as decisões que precisam ser tomadas agora e as mudanças que advêm delas”, afirma Rafael Murta, Diretor de Comunidade e Territórios Transformadores da Ashoka Brasil.
Territórios Transformadores
No último ano, a Ashoka fez uma análise da atuação de sua rede no Brasil e detectou os lugares com alta densidade de pessoas inovadoras, comprometidas com mudanças que criem um mundo melhor para todos. Na Amazônia, duas localidades despontaram como Territórios Transformadores: a região metropolitana de Manaus e a Bacia do Tapajós. Andrea Margit, líder de Novos Paradigmas e Comunicação da Ashoka, conta que os Territórios Transformadores podem ser definidos como epicentros da transformação social. “Não é à toa que essa aglutinação de pessoas transformadoras também gera uma tensão em relação ao futuro. Elas estão propondo mudanças de paradigma que levem à emergência de novas maneiras de entender o desenvolvimento da região e de imaginar o potencial de cada pessoa.” Para impulsionar esse movimento latente, a Ashoka catalisa colaborações entre empreendedores sociais, jovens transformadores, escolas, produtores de conteúdo, governos locais, sindicatos e universidades, acelerando a troca de conhecimentos em inovação social e gerando novas parcerias.
Mapeamento dos Atores e Inovações do Território
No dia 9 de dezembro, a Ashoka apresentará o Mapeamento Juventudes e Justiça Climática na Amazônia. O estudo revela as barreiras encontradas pelos jovens que atuam no enfrentamento das mudanças climáticas, assim como as estratégias desenhadas por quem quer ter voz nos processos de decisão que afetam a saúde dos solos, do ar, das águas, e de todas as comunidades desprovidas de capacidade de adaptação às mudanças.
Durante a semana, as co-lideranças do Território Transformador de Manaus vão trabalhar com a Ashoka para integrar jovens amazônidas à rede de inovadores sociais e discutir o protagonismo jovem em causas locais e globais. Eles construirão um plano de trabalho que engaje novos agentes de mudança na área metropolitana de Manaus.