Luísa S.

Na adolescência, Luísa se engajou em movimentos ambientais, como o Fridays for Futura. Lá, teve uma perspectiva mais internacional sobre o assunto. Quando o Talibã assumiu o poder no Afeganistão, ela e suas amigas realizaram uma arrecadação para apoiar ativistas em situação de risco que estavam no país. No entanto, perceberam que para além da questão financeira, era necessário pensar em todas as outras etapas de um processo de refúgio. O grupo também identificou uma lacuna no campo de proteção dos direitos humanos, visto que ativistas climáticos não são vistos como prioridade, e muitas vezes não são considerados ativistas dos direitos humanos. Diante desse problema, surgiu o Climate Activist Defenders (CAD) [Defensores dos Ativistas Climáticos], uma iniciativa internacional que fornece ferramentas e recursos para que ativistas possam continuar sua luta com bem-estar e segurança, como ajuda com realocação, apoio psicológico, treinamentos e criação de uma rede de contatos para apoio em casos de emergência.

A equipe é composta por cinco pessoas de diferentes países: Brasil, México, Paquistão, Alemanha e Marrocos, que se dividem horizontalmente entre grupos de trabalho (Proteção de Recursos, Mídias Sociais, Comunicação, Site e Finanças). O CAD já evacuou pessoas da Líbia, México, Quênia, Uganda e Rússia para diferentes países, além de abrigar ativistas afegãos em uma casa segura no Paquistão. Durante a COP 27, lançaram uma uma hotline para atender a pedidos de ajuda, e hoje também possuem parcerias com o governo da Alemanha e organizações do Reino Unido e Brasil.