Isadora

Isadora mora no Sol Nascente, a maior favela do Brasil atualmente. Ciente das dificuldades de ser uma jovem negra de uma comunidade marginalizada, Isadora cresceu com a constante necessidade de ter que provar sua capacidade em uma sociedade extremamente machista. E, assim como ela, existem milhares de jovens mulheres que acabam tendo seus sonhos interrompidos pelas consequências do machismo estrutural que define e classifica as mulheres apenas como seres reprodutivos que têm a obrigação de cuidar da casa e dos filhos.

E a forma que Isadora encontrou para enfrentar esse problema social foi através do acesso à informação e aos direitos das mulheres. Isso a levou a criar o GirlUpMun, uma simulação internacional das Nações Unidas (ONU) focada no debate de questões que fazem a desigualdade de gênero crescer e que também são invisibilizadas pela sociedade. A equipe é composta por 15 jovens de diferentes países em três continentes, bem como de vários estados do Brasil, que atuam em prol da equidade de gênero e dos direitos das mulheres através do GirlUpMun. A organização é dividida em quatro setores: Acadêmico, Mesas, Comunicação e Administração, cada um responsável por uma parte da simulação. Em sua 1ª edição, em 2022, 42 delegados participaram da simulação; além disso, por meio das redes sociais, o projeto conseguiu ajudar a democratizar o acesso à informação para mais de 1.200 jovens de todo o Brasil.

Para o futuro, o grupo planeja expandir a simulação para outros idiomas, como o inglês e espanhol, para impactar ainda mais pessoas. Um dos principais objetivos também é fazer uma simulação presencial em Brasília e trazer à tona discussões sobre a igualdade de gênero e o papel da mulher na sociedade, no centro da política brasileira.